sábado, 15 de agosto de 2009
Enroladinho de camelo
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Gu pra você
Where do we go now?
Não é só por causa dos filmes hollywoodianos ou pela situação passiva agressiva em que se encontra o meu povo, ou por causa da fome, ou por causa dos sem teto ou dos cachorros desnutridos e maltratados pelo mesmo povo passivo agressivo, não é pelo fato do assunto começar a ficar repetitivo é pelas singularidades é pelo fato único de um momento glorioso e pelo eterno medo de perdê-lo.
Bem veja só somos todos egoístas e egocentristas quando se fala de amar alguém, até mesmo algumas idéias que temos tão concretas são absorvidas pelas incertezas.
Há pessoas que podem abraçar o mundo com as pernas, mas sempre as ignoramos pois dizemos as mesmas, que tudo não passo de um sonho infantil, mas a mal pior do que o apagar o sonho de alguém ou por ainda por alguém que você tenha afeto?
Não me venha dizer que é uma analise completamente clínica, sem meios nenhum de uma interferência daquilo que você acredita porque certa coisa não existe. E veja só na maioria das vezes nos comunicamos a alguém porque o fato simplesmente nos incomoda e somos incapazes de manter a boca fechada. Por mais que o outro nos diga que quer ouvir aquilo que temos a dizer quem somos nós para transcender a linha de dizer uma coisa e de apagar ou colocar em xeque aquilo que o outro acredita?
Não me venha usar estratégias de manipulação e me dizer que é o inconsciente, não venha me criar planos de controle e me dizer que é por medo ou precaução. Porque é um medo e precaução seu e não do outro e veja só ele (a) tem tanto direito a quebrar a cara quanto eu ou você.
Ou aquela pessoa que antes triste e cabisbaixa (ou uma que nunca foi assim), que hoje olha pro futuro indeciso e sorri, porque sonha. Será que temos tanta inveja assim?
A certeza de não ter certeza sempre nos assusta tanto!
Ou tudo se resume em sistemas automatizados, computadores, tele-compras, tele-denuncias ou tele-dicas ou uma consulta com Walter Mercado.
Nossos pais querem que vencemos, mas eles já olharam a definição de “vencer”
“Vencer”:
“V.T. Obter vitória sobre; triunfar de; derrotar: vencer o adversário. / Conter, dominar, refrear, reprimir. /Superar, remover”.
Então para eu poder vencer na vida, obrigatoriamente alguém tem que ser derrotado. Ele (a) será contido (a), reprimido (a), dominado (a). Que sentido de vitória escroto é esse, que pensamento dominante e de tal repudio de minha parte é esse que cresce no coração de milhares jovens que saem para o mercado de trabalho, que vários adultos tem como premissa e até objetivo.
Maturana fala que quando você quer ser rico alguém vai ser pobre. Não que isso seja culpa sua é claro, mas tudo o que buscamos não são poucos momentos de felicidade e um único momento de harmonia... Há felicidade na derrota do outro? Há harmonia no coração de alguém que não tem o que comer?
Que maneira deturpada de sentir felicidade não?
As pessoas que tem sonhos infantis e que podem abraçar o mundo com as pernas essas pessoas fazem à diferença, elas são o diferencial entre vencer e perder se é que para elas há sentido nessas palavras ou se foi apenas algo que alguém fez para preencher o vazio de um coração.
Pessoas que vivem em um suposto mundo onde tudo é concreto, onde tudo é vencer ou perder, é votar ou não votar é casar ou não casar, é viver sendo socialista é viver sendo capitalista, é preto ou branco, é homem ou mulher. Pessoas que pensam assim não passarão apenas de pessoas bem sucedidas em seu tempo e passarão pro seus filhos aquilo que todos aqueles que alimentam esse tipo de pensamento querem a valorização da escolha e não o que foi levado a fazê-la. Valorizamos o fim e não o meio.
E há pessoas que ainda digam foi assim e sempre será.
Perdoe o linguajar... MAS SERÁ O CARALHO!
Aceitamos verdade absolutas de um absolutismo que não existe, vivemos uma democracia que não existe, desejamos governos sociais que não vão existir, procuramos o cheio onde só existe vazio, não procuramos coração, pois o que realmente importa o que realmente faz valer a pena sair da cama, não é a ilusão adquirida de anos de negligência e sim a idéia de um poder absoluto, o poder de acordar pela manhã e dizer que é livre.
Mas a verdade é que sem mudança “livre” nunca existirá. Liberdade alguma jamais irá existir se algo novo não surgir.
E pra onde é que nós vamos agora?
Nós vamos enfim receber aquilo que merecemos...
A porcaria do nosso adiantamento.