Well, o motivo do meu desânimo postatório e minha ausência, é sobre isso que vou falar nesse post.
Bom, eu estou infeliz. Tipo, eu sou feliz, ok? Mas todo mundo já atravessou uma fase escrota na vida, todo mundo já se sentiu triste por algum tempo, entrou numa crise passageira, coisas desse gênero. O que acontece comigo é que eu nunca passei por isso. Já tive dias tristes, infelicidade pós-término de namoro e coisas do gênero, mas nunca tive uma fase ruim. E ela veio, estava na hora, né? E veio com tudo.
Eu me sinto sozinha. Eu sei que tenho ou tinha amigos, sinceramente, tenho uma certa dificuldade de saber falar sobre isso. Mas, enfim, existem pessoas que me amam. Eu sei que existem. O que eu não sei é se eu as amo também. Afirmo com certeza que amo quem elas foram, mas, hoje, não sei dizer se amo quem elas se tornaram. Todo mundo muda, eu sei. Acontece que de todos os amigos que eu tive, eu conto nos dedos quantos mudaram para melhor e é um número tão restrito que me deprime. E o que fazer quanto a isso? Sabe, eu não sei. Não faço a menor idéia. Acho que aceitar e se conformar. Só que eu sou nostálgica e, para quem não sabe, eu tenho uma parede de fotos no meu quarto. E toda a noite antes de dormir eu encaro essas fotos e me pergunto o que aconteceu comigo, com eles, com a gente. Meu plano perfeito deu errado. Eu realmente acreditava que o terceiro ano acabaria e ficaríamos juntos forever and ever, porque somos amigos, sabe? Porque tínhamos o nosso grupo, porque ninguém mudaria. E nada disso se concretizou. É por isso que eu devia parar de fazer planos... Quando eles não se realizam, dói. Mas, se eu não esperar nada, pode ser que eu tenha boas surpresas e é disso que eu preciso. Surpresas agradáveis.
Diante desse quadro, sei lá o que deu em mim, mas.. Bom, eu comecei a estudar. Estudar muito. E para completar minha felicidade eu tenho atração por autores que dizem que é tudo uma merda e não apresentam a solução. Como vocês podem imaginar, isso me deprime mais. E também descobri que quando está vazio, não é o estudo que preenche isso. É o afeto. Vejam bem, eu não tô culpando ninguém, ok? Talvez a culpada seja eu. E eu não consigo sentir afeto. Ok, me expressei mal. Eu não sinto mais o afeto que eu sentia. De todos que eu tinha, meu afeto só se manteve igual com uma pessoa e com outra, aumentou. De resto, todos diminuiram. E há aqueles que eu olho e penso: não. Eu não sinto afeto nenhum.
Cl falou comigo outro dia sobre a presença dessas pessoas. Sim, a presença é importante, mas eu acho que nessa situação não é o fundamental. É, sei lá, o fundamental... Sabe, mesmo a distância, a gente é capaz de amar, mas a gente precisa ser cultivado.. as pessoas têm que cultivar o nosso amor. E eu sinto falta disso. É, é isso. A gente parou de se cultivar. É como uma flor... Você a molha todos os dias porque quer que ela viva, que seja saudável, porque a ama. Aí você esquece dela e vai, aos poucos, parando de molhar... ela vai morrer, é inevitável.
"Tu és eternamente responsável por aquilo que cativas."
Como toquei no pequeno príncipe, vou aproveitar para comentar sobre mim. Atualmente, eu tenho sido a pior versão de mim mesma. Quer dizer, pior para uns.. Para outros, tá jóia. Mas sei lá. Eu acho que ando me preocupando com o futuro demais, com a vida demais e esqueço de que o meu hoje é tão importante quanto meu amanhã. E que se eu não fizer nada hoje, o meu amanhã não será tão legal. Mas enfim, as pessoas crescem, não? Em um minuto, uma criança se torna um adulto. E fala como um adulto. E age como um adulto. É magnífico. Só que eu temo que jamais volte a entender a cabeça e o coração das crianças.
No final de tudo isso aqui, você apenas sabe que não sabe...
3 comentários:
Eu fui lendo e pensando em varias coisas. Vamos lá, por partes.
Acho MUITO, MUITO legal você expor isso aqui! Mesmo, de verdade! Não é todo mundo que põe pra fora suas fraquezas num blog coletivo em que o contexto normalmente não passa por essa temática! Achei muito digno e valente de sua parte! Muito legal mesmo! =)
Eu não sou sábia, não sou vivida, não sou nada a mais que você. Devo ser só uns 3 ou 4 anos mais velha. Mas te aconselho porque já tive sua idade e já passei por pensamentos como os seus. As pessoas vão. Realmente vão, não importa o que você faça, porque isso é normal e é assim que a vida é. Elas não são nossas, feliz ou infelizmente. E do mesmo jeito que elas vão, você de alguma forma também vai embora pra elas. E é muito doloroso, muito amargo viver com isso, com essa eminência não-consentida de uma distância. É não ter por perto aqueles que sempre foram seus braços, seu amparo, seu coração. Mas a gente precisa aprender também que essa rotatividade se faz necessária pra que outras pessoas venham... pra que a gente abra a cabeça e o coração pra novos olhares, novas concepções, novos amigos... você já imaginou como seria sua vida se seus amigos do primário fossem seus amigos inseparáveis até hoje? Você já imaginou que se fosse assim, talvez não tivesse tido espaço em sua vida pra que outras pessoas entrassem e se tornassem especiais como se tornaram? Pense nisso!
Eu aprendi tb querida, que a gente infelizmente está sozinho no mundo. Isso é meio muito amargo de dizer, talvez eu esteja precisando de uma terapia e pans... mas tenho encarado os fatos assim. E não é ruim não, sabe? Temos uma necessidade enorme de atribuir nossa felicidade às outras pessoas, e isso é normal, afinal, "é impossível ser feliz sozinho". Mas o problema é que DESPEJAMOS nossa felicidade em outras pessoas, entregamos a elas todas as possibilidades de sermos felizes e confiamos nela pra isso. Mas o ser humano é naturalmente frustrante. Por isso, um conselho que eu te dou é o "seja feliz com você". Ame, cultive, tenha amigos, viva, beije, case, mas nunca faça das outras pessoas o epicentro da sua felicidade. Porque de alguma forma, sempre dói menos quando você espera menos.
Regue a florzinha sempre, desde a sementinha. Regue sozinha se for o caso, não espere que façam o mesmo - faça você a sua parte. E ela floresce. Acredite.
Quanto ao hoje/amanhã... viva um dia de cada vez, gata! As coisas mais legais SEMPRE acontecem sem que a gente planeje!
Beijo, deixa eu ir dormir pq veja só né... 4h30 da manhã é UM POUCO tarde!!
Fique boazinha!
Sabe Mare, como você sabe, eu amo a Thaísa.
E como você sabe, ela faz tudo, menos "cultivar" isso.
Só que realmente acredito que quando fazemos nossa parte numa relação, no dia que ela termina, nos sentimos plenos e satisfeitos. Coisa que quem não fez, não pode sentir. Por isso, dia após dia, mesmo sem recompensa alguma, eu a amo como se nada tivesse acontecido. Como se nem um dia tivesse passado. Claro, falo isso como se fosse uma opção, mesmo sabendo que não é.
Mesmo com a as mudanças dos seus amigos, ame eles, seja amiga deles. E se vier esse terrivel dia que mostre que vocês não são mais amigos, você sairá bem e satisfeita em saber o quão foda você foi como amiga. E se acalme. A Thaísa adorava dizer:
"Depois da tempestade, vem a bonança"
Espero, de verdade, que ela esteja certa.
Quantos conselheiros, mas essa de se sentir sozinho é uma coisa que ja aconteceu comigo uma vez, e que eu me deixei ser atingido por ela... A minha sorte é que foi uma epoca de "troca de ares", conheci tanta gente nova, e mantinha alguns poucos velhos, mas que me eram bons... Eram poucos mesmo... E nesse "mundo novo" eu formei amizades incriveis que eu nao trocaria por nada, me apaixonei por uma pessoa incrivel, que nao acredito ter vontade de trocar por ninguem... Foi tudo tão novo, que eu me despreocupei com o que se foi e me voltei para o que estava batendo na minha porta.
E acho que vc ja deu a solução para o seu problema:
"Eu acho que ando me preocupando com o futuro demais, com a vida demais e esqueço de que o meu hoje é tão importante quanto meu amanhã. E que se eu não fizer nada hoje, o meu amanhã não será tão legal."
Vc já é capaz de pensar assim.. Putz menina, agora só basta vc parar de se lamentar e mudar essa realidade ^^
O passo mais dificil, vc ja fez...
Postar um comentário