quarta-feira, 13 de maio de 2009

Eppur si muove: Sobre como as pessoas se tornam algo importante em nossas vidas

Estava pensando estes dias em como conhecemos as pessoas e como elas podem ser mais do que simples conhecidos com um simples passar de tempo.
Primeiro as pessoas se conhecem por algum acidente, algo aleatório e imprevisto; ou melhor, incontrolável. Você não decide como vai ser a pessoa que vai conhecer na sua próxima saída à padaria da esquina.
Estando as pessoas envolvidas no “processo de conhecimento mútuo” disposta a conhecer outrem ambas se abrem e falam cada uma de si. Mas não de forma desordenada, há todo um ritual secreto que ninguém conhece mas que sempre funciona. Tenta-se não ofender a pessoa e fazê-la, ao mesmo tempo, se interessar em te conhecer mais e mais. Algumas coisas podem ser omitidas nessa etapa, outras aumentadas – tudo ao bel prazer de seu ego.
E as pessoas vão se interessando pela conversa. E então tenta-se achar pontes, que são assuntos ou características em comum; das quais, se bem exploradas, podem surgir grandes amizades...
Depois de passado a etapa da cordialidade e da busca pelo comum, ou mesmo que não se tenha passado por completo, mas apenas superficialmente, marcam-se algumas diferenças – pontos que servem para cada um se auto-afirmar ou “bajular” o outro.
Pensando bem, parece que as pessoas só lidam com as outras para se afirmarem. Talvez seja algo relacionado ao homem ser um “animal social”, e que talvez só se perceba humano porque tem contato com outros humanos. É, faz sentido. É por isso que Bakunin considera que a liberdade de alguém só encontra sentido e solidez perante a liberdade de outrem. Os homens se afirmam em meio social!
Bom, acho que é mais ou menos isso o que acontece. Deixo claro que não fiz nenhuma pesquisa e nem refleti muito tempo sobre o tema, só mesmo percebi o que se passava diante dos meus olhos e tentei dissecar um pouco. Tenho certeza de que não é assim sempre que se conhecem as pessoas, mas é um modelo aproximado e corriqueiro.
E paro por aqui por que acho que todos sabem o que acontece quando se tem assunto – diferenças ou semelhanças, enfim, pontos de partida. E que não necessariamente ter maior número de diferenças que de semelhanças configure uma amizade fraca ou inimizade, assim como nem sempre ter mais semelhanças signifique uma amizade verdadeira e duradoura.
Bom, é isso!

2 comentários:

Simone Brasil disse...

Adorei!
=)
Bjs!!!

PA disse...

Ah..valeu,
fiz esse texto quase que já postando, não deu tempo pra fazer rascunho..=p

Bjo

=)